Com o advento da "modernização" acelerada da região em prol da promessa de realização de projetos e novas políticas públicas a população total da Região cresce em ritmo vertiginoso face as migrações para a Amazônia. E as populações urbanas começam a aumentar rapidamente e sem cessar, provindo da expulsão das populações rurais do campo, dado ao processo de concentração da terra no interior da Amazônia. Ao chegarem, passam a exigir, em medida crescente, e com urgencia, escolas, unidades de saúde, emprego, segurança e outros serviços básicos e indispensáveis à vida nas cidades. Com isso, as necessidades mudam e passam a ser de habilitar o indivíduo para a vida urbana. A cidade é um espaço social aonde a informação letrada se torna imprescindível para o trabalho e para a vida em geral. pela cultura da cidade exigir conhecimentos muito diferentes daqueles exigidos pela cultura do campo, a educação passa a ser vista como um modo através do qual o indivíduo possa obter emprego nas atividades que as cidades oferecem, com as qualificações da educação formal que elas exigem. Vai ficando claro para a sociedade, que o acesso à educação corresponde, também, ao acesso a trabalhos mais qualificados, mais bem remunerados e de maior prestígio social. A compreenssão da educação sob este novo angulo, faz com que ela inicie uma espiral crescente da busca pelo acesso à escola, disponível para uns, mas não para todos, tem um impacto mais forte sobre as camadas pobres da sociedade, aumentando a desigualdade entre aqueles que prosseguem nos estudos, alcançando niveis mais altos de ensino e aqueles que ficando de fora da escola vão, igualmente, ficando marginalizados da vida social. O ensino privado ganha força entre aqueles que podem pagar em detrimento a escola pública, cuja qualidade vai se tornando cada vez mais duvidosa.
A acelerada urbanização da vida brasileira vai deixando à margem do progresso um contingente humano cada vez mais numeroso, sem os direitos sociais coletivos garantidos, dentre os quais o direito a educação, onde sua falta corresponde a uma forma de exclusão social completa: exclusão em termos de trabalho e renda, não participação na vida cultural da cidade e desigualdade em relação as demais. Significa uma incapacidade do cidadão exigir outros direitos humanos básicos, a que faz jus. assim é que a educação precária e a pobreza fundiram-se de forma inseparável, como elementos inerentes da exclusão social moderna.
Referencia Bibliografica: LOUREIRO, Violeta R. Educação e sociedade na Amazônia em mais de meio século. Revista Cocar, v.1, n. 1, jan-jun, 2007, pp. 17-58.
Este é um blogg onde a educação e toda a sua história é pauta. Conheça um pouco do meu pensamento e de resumos, livros, resenhas,textos, ensaios, estudos e demais trabalhos de vários pensadores e colaboradores sobre vários temas dentro da área da educação. Agora que você ja sabe onde nos encontrar, estou certa que nos veremos neste blog sempre! abçs
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
(Jean Piaget)
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