quarta-feira, 18 de maio de 2011

Urbanização e necessidade de formação para os mercados urbanos - os anos 60, 70, 80

Com o advento da "modernização" acelerada da região em prol da promessa de realização de projetos e novas políticas públicas a população total da Região cresce em ritmo vertiginoso face as migrações para a Amazônia. E as populações urbanas começam a aumentar rapidamente e sem cessar, provindo da expulsão das populações rurais do campo, dado ao processo de concentração da terra no interior da Amazônia. Ao chegarem, passam a exigir, em medida crescente, e com urgencia, escolas, unidades de saúde, emprego, segurança e outros serviços básicos e indispensáveis à vida nas cidades. Com isso, as necessidades mudam e passam a ser de habilitar o indivíduo para a vida urbana. A cidade é um espaço social aonde a informação letrada se torna imprescindível para o trabalho e para a vida em geral. pela cultura da cidade exigir conhecimentos muito diferentes daqueles exigidos pela cultura do campo, a educação passa a ser vista como um modo através do qual o indivíduo possa obter emprego nas atividades que as cidades oferecem, com as qualificações da educação formal que elas exigem. Vai ficando claro para a sociedade, que o acesso à educação corresponde, também, ao acesso a trabalhos mais qualificados, mais bem remunerados e de maior prestígio social. A compreenssão da educação sob este novo angulo, faz com que ela inicie uma espiral crescente da busca pelo acesso à escola, disponível para uns, mas não para todos, tem um impacto mais forte sobre as camadas pobres da sociedade, aumentando a desigualdade entre aqueles que prosseguem nos estudos, alcançando niveis mais altos de ensino e aqueles que ficando de fora da escola vão, igualmente, ficando marginalizados da vida social. O ensino privado ganha força entre aqueles que podem pagar em detrimento a escola pública, cuja qualidade vai se tornando cada vez mais duvidosa.
A acelerada urbanização da vida brasileira vai deixando à margem do progresso um contingente humano cada vez mais numeroso, sem os direitos sociais coletivos garantidos, dentre os quais o direito a educação, onde sua falta corresponde a uma forma de exclusão social completa: exclusão em termos de trabalho e renda, não participação na vida cultural da cidade e desigualdade em relação as demais. Significa uma incapacidade do cidadão exigir outros direitos humanos básicos, a que faz jus. assim é que a educação precária e a pobreza fundiram-se de forma inseparável, como elementos inerentes da exclusão social moderna.

Referencia Bibliografica: LOUREIRO, Violeta R. Educação e sociedade na Amazônia em mais de meio século. Revista Cocar, v.1, n. 1, jan-jun, 2007, pp. 17-58.

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