Mais uma vez o foco da educação precisa mudar. Deve deixar de ser, simplesmente, o ensino de conteúdos curriculares. Isto significa mudar a propria finalidade da educação básica, tornando-a mais útil para o aluno - na medida em que buscar cada vez mais, sua formação para a vida em sociedade, e não apenas para ajudá-lo a ultrapassar, com sucesso, as avaliações escolares. Proporcionar uma educação para a vida e para o mundo, e não para dentro da escola somente com o objetivo de desenvolver-se intelectual, moral afetiva e fisicamente.
Isto é indispensável para que o estudante saído de uma escola pública tenha condições identicas às dos demais para enfrentar e concorrer o mercado de trabalho.
Essas mudanças objetivam desenvolver problemas novos que aparecem em sua vida cotidiana. Isto ocorre na medida em que o aluno compreende que os conhecimentos teóricos servem para explicar os fenômenos naturais e fatos sociais, em que ele aprende vincular teoria à realidade, teoria e prática, ao invéz de considerar a teoria como algo descolado da realidade, como um conhecimento que serve somente para ser testado na escola, sob a forma de avaliação.
Endim, escola e o currículo devem se converter em espaços de construção de saberes, competencias e habilidades do indivíduo, e não apenas de transmissão de conhecimentos. É ensinar esse aluno, tomando como ponto de vista os requisitos que a sociedade exige dele.
O cenário atual exige novas competencias, que a capacidade do indivíduo possibilite mobilidade em busca de trabalho e melhoria de vida. Adquirir competencias gerais, que habilitam o individuo a atuar num mundo onde os conteúdos memorizados não têm mais importancia que tiveram num passado ainda recente, quando o desenvolvimento cientifico e tecnológico se desenvolvia e se propagava no mundo com muito menor rapidez.
Hoje é preciso capacidade de se expressar oralmente, de ler, entender e de criticar um texto lido, uma capacidade de argumentar e elaborar propostas. Possibilitar ao indivíduo a capacidade de continuar seus estudos e aprender mesmo após ter saído dos bancos da escola, ajudando-o a ter autonomia, garantindo-lhe a preparação básica para o trabalho e a cidadania, como indivíduo ativo. Isto não significa que o professor seja obrigado a utilizar, necessariamente, materiais pedagógicos caros e inacessíveis à escola pública.
Os problemas atuais são que a medida que a escola pública brasileira foi ficando defasada em relação a sociedade e com turmas cada vez mais numerosas, e que os salários foram ficando desgastados, os professores passaram a sentir, cada vez mais, responsáveis por suas disciplinas individuais, o que já consome grande parte de suas energias; e cada vez menos responsáveis pela formação integral do aluno como pessoa.
Assim, a escola vem perdendo de vista, o objetivo de atuar como instituição formadora de valores éticos e sociais do aluno para a vida em sociedade. E foi se concentrando, cada vez mais, em conhecimentos específicos das diversas disciplinas.
É necessário romper a política de invisibilidade das diferenças regionais, que a nação tem sustentado em relação à Amazônia, quando se trata de conferir a ela recursos específicos e mais volumosos que os habituais. A criação do FUNDEB ( Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação) e a extensão do ensino fundamental para 09 anos abrem uma nova fase da educação na Região. A questão se vê encapsulada numa questão mais abrangente, a chamada questão regional e exige da sociedade e do Estado, um empenho persistente e incansável na execução de programas e ações conjuntos e regionalmente diferenciados.
Para recuperar o prestígio do passado, a escola agora precisa deixar de ser o lugar do conteúdo memorizado para converter-se num lugar onde a informação é discutida, criticada, analisada; lugar onde o aluno pode refletir (com base em conhecimentos sistematizados e científicos, sobre os fenômenos naturais e os fatos sociais), discutir e manifestar-se sobre o mundo atual ( as mudanças economicas, sociais, os avanços científicos e tecnológicos e suas consequencias sobre a vida social; lugar onde os avanços teóricos da ciencia e da tecnologia moderna são ensinados e demonstrados a partir de exemplos e de vinculações com objetos e situações da vida cotidiana da sociedade em que o aluno vive. É preciso construir uma nova relação professor-aluno e professor-conhecimentos a transmitir.
A teoria não está confinada aos livros; está presente e se materializa nos objetos da casa, da escola, na rua, etc... possibilitando inumeras articulações entre teoria/tecnologia/realidade. No mundo moderno, a capacidade cognitiva do indivíduo constituiu-se num recurso para o desenvolvimento, tão importante quanto o capital que se apresentava para nós.
Referencia Bibliografica: LOUREIRO, Violeta R. Educação e sociedade na Amazônia em mais de meio século. Revista Cocar, v.1, n. 1, jan-jun, 2007, pp. 17-58.
Este é um blogg onde a educação e toda a sua história é pauta. Conheça um pouco do meu pensamento e de resumos, livros, resenhas,textos, ensaios, estudos e demais trabalhos de vários pensadores e colaboradores sobre vários temas dentro da área da educação. Agora que você ja sabe onde nos encontrar, estou certa que nos veremos neste blog sempre! abçs
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
(Jean Piaget)
(Jean Piaget)
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