segunda-feira, 13 de junho de 2011

E agora educação?


O significado de todo acontecimento depende do “molde” pelo qual vemos. Quando mudamos de molde, mudamos o significado. A isto se chama “resignificar”. Quando o significado se modifica, as respostas e comportamentos da pessoa também se modificam; E isto não é algo novo, a resignificação é o elemento chave para o processo criativo; Trata-se da habilidade de situar o evento comum num molde útil ou capaz de proporcionar prazer. Mas e a profissão docente? Ao que parece, o velho modelo iluminista de ensino não consegue responder às complexas indagações da sociedade do conhecimento. Nas tessituras das práticas profissionais, uma inquietação vem assolando verdades dantes inquestionáveis: a tradição troncular do ensino, o modelo curricular disciplinar, o trabalho docente e os saberes hierarquicamente estabelecidos – elementos estes continuamente postos em xeque.
Essas indagações chocam-se também com os cenários nos quais se desenrolam as práticas docentes no Brasil. A ausência de políticas governamentais de qualidade voltadas à formação inicial e continuada de professores não tem desencadeado conseqüências positivas para a melhoria das condições de trabalho docente e, por conseguinte, para um maior reconhecimento da profissão. A busca incessante por culpados e inocentes tem condenado, muitas vezes, o docente e, outras vezes, os próprios estudantes, como se o processo educacional escolar fosse responsabilidade exclusiva destes
Que processos envolvidos na formação e na profissionalização, embora imbricados dialeticamente, mas diferentes entre si podem somar?
É entristecedor ver o colapso na rede de ensino.
Eu nunca vi nenhum lugar crescer tratando os professores pior que porcos, dando a eles algumas migalhas e exigindo que trabalhem bem. Mas esta parece ser a intenção dos governantes; Querem gente com pouca informação, que não saiba dos seus direitos, criando uma massa ignóbil e acomodada, que aceita a falta de escolas, infra-estrutura; Gente que acha tudo o que seus governantes fazem é um mero favor, que não entende que pagam impostos altíssimos em tudo, gente que acredita nas propagandas e que vota de quatro em quatro anos. 


 A formação está ligada as capacidades específicas da profissão, mas notamos que são necessárias muitas outras atitudes por parte de TODOS.  Tudo isso não se resume à formação profissional, embora a inclua, mas envolve outras características de cunho também subjetivo, como aptidões, atitudes, valores, formas de trabalho que se vão construindo no exercício da profissão.
Governantes que não entendem que não se pode ser sábio quando cercados de ignorância.

Referencia bibliografica:  Profissão docente: Novos sentidos, novas perspectivas; Ressignificando (Richard Brandler e John Grinder)

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