quinta-feira, 21 de abril de 2011

A hibridação e sua família de conceitos

 A importante historia de fusões entre indígenas, latinos e europeus, requer utilizar a noção de mestiçagem tanto no sentido biológico, como cultural mistura de hábitos, crenças e formas de pensamento europeu com os originários das sociedades americanas. Não obstante, esse conceito é insuficiente para nomear e explicar as formas mais modernas de interculturalidade.

 A cor da pele e os traços físicos pesam na construção habitual da subordinação para discriminar índios, negros ou mulheres. Entretanto nas ciências sociais e no pensamento político democrático, a mestiçagem situa-se atualmente na dimensão cultural das combinações identitárias, a questão é abordada como projeto de formas de convivência multicultural moderna, embora estejam condicionadas pela mestiçagem biológica.

Algo semelhante ocorre com a passagem das misturas religiosas as fusões mais complexas de crenças, assim como no caso do sincretismo.

A palavra hibridação aparece mais maleável para nomear não só as combinações de elementos étnicos ou religiosos, mas também a de produtos das tecnologias avançadas e processos sociais modernos ou pós modernos.


Onde é seu nascedouro:

Fronteiras: As cidades, locais da hibridação – destaco as fronteiras entre países e as grandes cidades como contextos que condicionam os formatos, ou estilos e as contradições específicas da hibridação. A hibridação ocorre em condições históricas e sociais específicas, em meio a sistemas de produção e consumo que as vezes operam como coações. As megalópoles multilíngües e multiculturais, são estudadas como outros em que a hibridação fomenta maiores conflitos e maior criatividade cultural. Exílio e migrações também.

Referencias bibliográficas: CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas. São Paulo: EDUSP, 2008.Introdução à Edição de 2001. As Culturas Híbridas em Tempos de Globalização.(pp.XVII-XL).

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